Acrescentarei agora
ao fim da tarde: escrever
é também
lançar bóias
ao mar (é isso
que se chama
escrever
sobre a água). Ou atirar
em direcção ao sul
algumas garrafas vazias
e sem destinatário. E não haver,
por isso, salvação. Assim
o dizes, ao menos,
e eu acredito.
Albano Martins, Ao fim da tarde.
5 comentários:
"Escrever é também lançar bóias ao mar" apenas quando os interlocutores são ilhas. Com algumas pessoas sinto-me solidamente ligado, mas com outras nem pontes me ligarão.
O vermelho vivo do palpitar da vida em todo o seu esplendor em harmonioso contraste com a verde esperança de que a liberdade de navegar ao sabor das vontades permaneça.
afronauta,
penso q a escrita é uma procura de lançar essas pontes,sobretudo em nós. talvez seja por isso eminentemente solitária.
"vermelho vivo"...sabes q o nome do livro de onde tirei este poema é "Escrito a Vermelho".
E isso fez-me pensar q é essa é talvez a cor mais forte p se escrever. É uma cor vida. Uma cor que rasga.
Beijinho
como eu adoro isto... :)
vanessa,
Albano Martins a arrasar-nos, n é assim?!
Beijinhos
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