sábado, 11 de abril de 2009


(Foto: Helena Almeida)


tomamos o pulso para medir o bater do coração.

como não dizer-te que é na minha mão sobre o teu que penso
quando me contas que a tua máquina de medir pulsações se avariou

e que depois disso, eu que sou péssima em biologia
imagina,
me dediquei ao estudo das válvulas que abrem e que fecham
ao movimento sincronizado dos teus ventrículos
à poesia do teu bombear

falas-me agora de esforços inúteis
mesmo sem que te diga que estou cansada

que os meu pulsos
te esperam desmedidos do teu
não querer