lá fora o sol aparece sem convocatória.
diz-nos da janela o seu abrir, resplandecente.
tiro o vestido empoeirado do armário
e visto-me para sair.
há tardes que não foram feitas para combinar
com o resto de nós que habita nos fundos da casa.
Inverno. tão demorado Inverno.
2 comentários:
Não sei se já te disse mas gosto imenso do poema do Ramos Rosa a quem fazes jus no título do teu blogue. E gosto dessas palavras que alinhavas aí.
Há que ter uma centelha de vida. E quando te leio assim não são apenas cinzas. São mais que brasas. São fogo.
azul neblina,
Um azul tão intenso, esse, o neblina:)
Sim, é fortíssimo o poema de Ramos Rosa. Não o escolhi em vão.
É a primeira vez que "falamos", por isso não mo tinhas dito.
A arder em palavras.
;)*
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