quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Por vezes,até há gente que parece SOL

No fundo, arrancamos estas peles
para vestir essas.

Depois, o tempo dirá. E o tempo diz sempre.
Mas em silêncio. Sem falar.

No fundo, trocamos de tripas,
oferecemos entranhas,
comemos esófagos uns aos outros
até digerir a solidão.

E por vezes, alguém surge do escuro
e dá-nos a mão. Seja ou não seja dono de cão.

Nesses dias, o sol parece gente.

Por vezes, até há gente que parece sol.
Depois, é caminhar, caminhar, caminhar.
É que no fundo, não temos lugar.

Manuel Cintra,Não sei nunca por onde começar

Ma petite
Para ti, que és SOL

1 comentário:

JohnnyBoy disse...

Meowwww!
Assim habituas-me mal!
Beijo grande!
Brigado!!