Habituou-se a chorar mais tarde
no seu quarto em casa das tias
quando ninguém está a ouvir
depois de tudo lhe ter doído
as unhas
os cabelos
e o coração
Adília Lopes

(Foto: Elena Getzieh)
"De escadas insubmissas| de fechaduras alerta| de chaves submersas| e roucos subterrâneos| onde a esperança enlouqueceu| de notas dissonantes| dum grito de loucura| de toda a matéria escura| sufocada e contraída| nasce o grito claro" (António Ramos Rosa)