não te encontro mais à espreita da noite
onde construímos cidades de papel.
onde juntos, mastigámos o medo que trazíamos
agarrado aos dedos, soletrando-nos.
mas agora já não vens.
deixaste-me com as minhas palavras de fome e solidão.
"De escadas insubmissas| de fechaduras alerta| de chaves submersas| e roucos subterrâneos| onde a esperança enlouqueceu| de notas dissonantes| dum grito de loucura| de toda a matéria escura| sufocada e contraída| nasce o grito claro" (António Ramos Rosa)
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